Câncer de ovário
O que é
Difícil de ser diagnosticado, o tumor de ovário costuma passar despercebido até que tenha se espalhado dentro da pelve e abdômen. Segundo dados do INCA, cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico.
Existem três tipos principais de tumores de ovário:
- Tumores Epiteliais: tipo mais comum, surge no tecido da superfície externa do órgão.
- Tumores de Células Germinativas: começam nas células que produzem os óvulos.
- Tumores Estromais: aparecem nas células que produzem os hormônios femininos.
Sintomas
A doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Quando se manifestam, são sinais comuns a várias doenças e podem ser confundidos com outros problemas. Entre eles estão:
- Dor abdominal, lombar ou na região pélvica
- Aumento de volume abdominal;
- Aumento da frequência e urgência urinária
- Prisão de ventre
- Náusea e azia
- Sangramento
Fatores de Risco
Histórico familiar e herança genética, com alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2, são os principais fatores de risco para o câncer de ovário. A propensão para desenvolver esse tipo de câncer são maiores se a mulher:
- Nunca teve um bebê
- Começou a menstruar antes dos 12 anos
- Não pode engravidar
- Fez terapia hormonal na menopausa
- Fumar
- Tem síndrome dos ovários policísticos
Prevenção
Algumas medidas podem diminuir a probabilidade de desenvolver o tumor de ovário, como:
- Gravidez anterior
- Amamentação
- Ter usado anticoncepcionais por mais de 5 anos
- Ter feito ligadura de trompas, remoção dos ovários ou histerectomia
Mulheres com mutação no gene BRCA 1 e BRCA 2 podem realizar cirurgia para retirar os ovários preventivamente.
O exame Papanicolau não detecta câncer de ovário, apenas de colo de útero.
Tratamento
A escolha do tratamento depende de fatores como idade, saúde geral e estágio do câncer.
Os tratamentos mais comuns são:
- Cirurgia: (Histerectomia Total e Salpingo-ooforectomia bilateral)
- Quimioterapia
- Radioterapia
Diagnóstico
Entre os principais testes recomendados estão:
- Exame físico: pressionando o abdômen, o médico poderá detectar acúmulos anormais de líquido.
- Exame pélvico: o médico inspeciona a parte externa de seus órgãos genitais e insere um dispositivo para verificar anomalias.
- Exames de sangue: um nível elevado de substâncias como CA-125 pode indicar tumor no ovário. Exames de sangue, no entanto, não servem para rastreamento.
- Ultrassom: as imagens podem revelar alterações no ovário. O ultrassom transvaginal também é utilizado no diagnóstico, mas não serve como rastreio.
- Biópsia: com base nos resultados do ultrassom, o médico pode sugerir a cirurgia (laparotomia) para remover o tecido e fluido da pélvis e do abdômen.
Toda mulher com câncer de ovário deve realizar testes genéticos para investigar mutação no gene BRCA 1 e BRCA 2, que predispõem a outros tipos de câncer.
Reabilitação
A fisioterapia pélvica é a forma mais usada para tratar os efeitos colaterais após a cirurgia. As principais opções de tratamentos fisioterápicos são:
- Biofeedback: utilizado no tratamento das incontinências urinárias, o método permite manipular as respostas fisiológicas da musculatura através de sinais sonoros e visuais.
- Dilatação Vaginal: os dilatadores vaginais são indicados no tratamento da estenose vaginal.
- Massagem Perineal: o fisioterapeuta realiza massagem que promove um relaxamento dos músculos do assoalho pélvico, melhorando a elasticidade e a estenose.
Como se preparar para a consulta com o ginecologista
- Com que frequência devo fazer o Papanicolau?
- Devo me vacinar contra o HPV?
- Tenho ovário policístico. Isso pode aumentar o meu risco para ter câncer ginecológico?
- Fiz tratamento para infertilidade. Isso aumenta o meu risco para ter câncer ginecológico?
- Faço reposição hormonal. Tenho risco aumentado de ter câncer ginecológico?
- Já tirei o útero. Será que ainda posso ter câncer de ovário?
- Tive endometriose nos ovários. Tenho que fazer algum exame especial por causa disso?
- Tenho um mioma. Devo retirar meu útero? Pode virar câncer?
- Uso pílulas anticoncepcionais, tenho risco maior de desenvolver câncer ginecológico?
Como se preparar para a consulta após o diagnóstico
- Qual o tipo e estágio do meu câncer?
- Quais são minhas opções de tratamento? Qual você recomenda?
- Quais são minhas opções de tratamento se eu quiser ter filhos no futuro?
- Qual o objetivo do meu tratamento?
- Como o tratamento pode afetar minha vida diária?
- Devo parar de ter relações sexuais durante o tratamento?
- Quais os riscos e efeitos colaterais do tratamento?
- O que pode ser feito para minimizar os efeitos colaterais?
- Devo seguir uma dieta especial?
- Devo receber a vacina contra HPV?
- No meu caso é possível participar de estudos clínicos?
Baixe nosso material sobre Tumores Femininos e saiba mais!